O papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos Barack Obama saudaram neste fim de semana (12 e 13 de dezembro) a assinatura do Acordo de Paris por 195 países, ao término da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), cujo objetivo é estabelecer medidas para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa em nível global.
“A cúpula sobre o clima terminou em Paris com um acordo que bem podemos qualificar como histórico”, afirmou o papa Francisco, na oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano. “A sua aplicação exige um compromisso unânime e um generoso empenho de cada um”, ressaltou o papa.
De acordo com informações da AFP, Francisco observou que é preciso garantir neste âmbito, e “com um particular atenção”, o futuro das “populações mais vulneráveis”.
“Exorto a comunidade internacional na sua totalidade, a prosseguir com empenho o caminho encetado, num sentimento de uma solidariedade que deve ser sempre cada vez mais ativa”, afirmou.
Uma “virada”
Barack Obama, por sua vez, avaliou que o compromisso firmado pelos países representa uma “virada” na luta para minimizar os efeitos das mudanças climáticas no planeta.
“O problema não está resolvido por causa do Acordo de Paris, mas agora foi definido um quadro objetivo sobre o que o mundo precisa fazer para resolver a crise climática”, disse Obama em pronunciamento na Casa Branca. Segundo ele, o acordo define o mecanismo e a “arquitetura” para que os países possam lidar com o problema de forma mais eficaz.
“Ambicioso e imperfeito”
O presidente americano definiu o acordo como “ambicioso e imperfeito”, mas disse que a assinatura mostrou que há esperança quando o mundo se une. “Hoje podemos estar mais seguros de que o planeta vai estar em melhor forma para a nova geração”, destacou.
Nos meses que antecederam a assinatura do acordo, Obama anunciou várias medidas internas, como a meta de redução em 32% da emissão de gases das usinas termoelétricas dos Estados Unidos até 2030. O tema encontra resistência nos setores empresarial e agrícola, além da oposição da bancada republicana, que hoje compõe a maioria do Congresso norte-americano.
Os Estados Unidos ocupam atualmente o segundo lugar no mundo na emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, atrás apenas da China.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu união dos países para executarem o acordo climático adotado este sábado em Paris. Para o chefe da ONU, o documento é um “triunfo monumental para as pessoas e o planeta”.
O tratado limita o aumento da temperatura a um nível “bem abaixo de 2 °C” até 2050, mas destaca que devem prosseguir esforços para conter o aquecimento até 1,5 °C.
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2015/dezembro/papa-francisco-e-obama-saudam-acordo-do-clima#ixzz3um9Ln5UD air max schwarz air max schwarz